Hoje eu resolvi ir treinar um pouco. Sair de casa (com um propósito diferente) às vezes é bom. E aí vem a dúvida cruel: vai com um carro ou vai com o outro?
Não que a vida esteja tão fácil assim pra mim, que essa seja a questão mais importante da minha vida, o único tipo de decisão que faço. Nem meus os carros são. Mas era isso: vai com um carro ou vai com o outro?
Enquanto eu me arrumava, colocava o tênis, eu sentia uma indecisão profunda. No fundo já era uma amargura, um sentimento meio-azul-meio-cinza, nublado e frio. "E aí, campeão?".
Vai com um carro ou vai com outro?
Deixei pra decidir de último segundo, se iria com um carro ou com o outro: desci, fui pegar as chaves, mas resolvi tomar uma água antes...
Minha mãe vira e pergunta: vai de carro ou vai à pé?!
Pronto, decidi!: vou à pé!
Como poderia não considerar essa alternativa? E, entre um carro e outro, a melhor opção era subir correndo.
Subi, feliz, na boa... "Vai com um carro ou vai com outro?" ~ quem se importa?
Treinei.
Na hora de descer eu soquei uma lixeira, só que sem ser avisado. E dói. É uma dor daquelas que dá quando a gente dá uma pancada com algo pontudo entre os ossos. É uma dor incomodante demais. É do tipo que parece que tem uma bola crescendo entre os nervos.
É melhor dormir e não ter mais dúvidas.
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