Coleção de Textos

27 de abr. de 2012

Zé Ninguém

Com certeza, uma das frases musicais mais inteligentes que eu já vi é "Todo dia eu levo um tiro que sai pela culatra". Se fosse pra resumir - caso já não seja -, eu usaria, com o perdão da expressão: Eu só me fôdo (se é que essa conjugação de foder leva circunflexo - se é que o verbo foder existe).

Todo mundo sabe que é uma música do Biquíni Cavadão - e se não sabe, deveria saber -, Zé Ninguém. Um dos melhores produtos de uma das melhores bandas do Brasil.

No fim das contas, quem não é, de fato, um Zé Ninguém? Eu, por exemplo, sendo alguém com identidade, características, manias e cidadania, continuo sendo um Zé Ninguém. Talvez a única coisa que me tire desta condição seja o meu gosto por escrever. Aí eu me sinto um tiquinho Jão Alguém.

24 de abr. de 2012

Tudo e Nada

Eu descobri que Tudo e Nada são muito relativos (e o que no mundo não é?).
Desde certo momento, em que eu achava que tinha tudo,
eu passei a me sentir sem nada só por causa de uma coisa.
Daí eu pude perceber que ter tudo pode ser impossível,
caso você não tenha uma coisa que é quase nada.
E desde então, por causa disso, eu me sinto com nada,
mas tentando ter tudo.